A alegria dos peixes - Conto Zen

"Chuang Tzu e Hui Tzu atravessavam o rio Hao,
pelo açude.

Disse Chuang: " Veja como os peixes pulam,
e nadam tão livremente;
Isto é a sua felicidade."

Respondeu Hui: " Desde que
você não é um peixe,
como sabe o que torna os peixes
felizes?"

Chuang respondeu:
"Desde que você não é eu,
como é possível que saiba
que eu não sei
o que torna os peixes felizes?

Hui argumentou:
" Se eu não sendo você,
não posso saber o que você sabe,
daí se conclui que
você também não sendo um peixe
não pode saber o que eles sabem."

Disse Chuang:
"Um momento. Vamos retomar a pergunta inicial.
O que você me perguntou foi:
""Como você sabe o que torna os peixes felizes?""
Dos termos dessa pergunta
você sabe evidentemente que eu sei
o que torna os peixes felizes.
Conheço as alegrias dos peixes no rio
através da minha própria alegria,
à medida que vou caminhando
à beira do mesmo rio".
Tomas Merton em A Via de Chiang Tzu

O rio da existência é Um.
Todos aqueles que estão conscientes da vida em fluxo contínuo
reconhecem a felicidade genuína, pois estão imersos na mesma plenitude da natureza; 
a muito "venceram" os desafios da mente fracionária 
e retomaram a beleza de viver em perfeita harmonia com todos os elementos
da natureza.

Neste conto Chuang Tzu nos mostra que a simplicidade é a jóia mais preciosa
pois é fruto da pura compreensão, fruto da verdadeira comunhão.
Afinal,
É muito simples ser feliz.
Mas é muito difícil ser simples...
Amor
Lilian 

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