O Ponto de maturidade, além do ir e vir...
"Tem uma história muito interessante.
Um dia, um homem chega em sua casa e vê que ela está em chamas.
Ele, claro, fica desesperado. Ele trabalhou ano após ano para ter aquela casa.
Tamanha era a sua identificação. A casa era tudo para ele.
E agora ela estava em chamas!
Mas, de repente, um de seus filhos veio a ele e disse:
"Papai, não se preocupe, nós vendemos a casa. Essa casa não é mais sua, então, o problema não é nosso".
Nossa! O homem relaxou totalmente.
Porém, minutos depois, seu outro filho veio e disse:
"Não, pai! Isso não é verdade. Nós quase fechamos o negócio, mas os papéis ainda não foram assinados. Portanto, a casa ainda é sua".
O homem retomou o choro, imediatamente. O problema voltara a ser seu.
Para a mente, importam os objetos. O foco da mente está no problema.
Em Consciência, onde não é necessária, a mente desaparece. Em Consciência, sua identidade é com o Silêncio. Ou seja, Consciência consciente de si mesma é o desperto.
Consciência inconsciente de si, é a mente.
Aliás, melhor dizendo, Consciência é consciência, em si. Ponto!
E estamos aqui para ver isso.(...)
Neste exato momento, você tem a oportunidade de cessar o insaciável fluxo dos desejos e abrir os olhos para a sutil realidade de que há uma alegria inerente, que independe absolutamente dos acontecimentos externos. Existe um ponto de maturidade em que deve ficar claro para você que a sua alegria não tem nada a ver com o lado de fora.
Do lado de fora, tudo o que te é dado, pode ser tirado. Então, de verdade, não há nada que possa ser “seu” – nem mesmo este “você” que você pensa ser. Milhares de coisas acontecem com o seu corpo e atravessam a sua mente à revelia de qualquer decisão sua.
Essa percepção traz quietude e alegria à sua vida. Por mais conquistas que você obtenha, sem essa percepção ainda haverá frustração.
No entanto, diante da percepção da Consciência que você é, os desejos surgem e não mais ditam uma direção a seguir. Tudo pode vir e ir, na mesma intensidade e aceitação.
Aquiete-se e diga-me: o que está faltando à você neste mínimo instante? Organize o simples fato de que os desejos sejam frutos da mente e deixe que isso aconteça sem envolvimento ou interferência.
Desprenda-se do fluxo imposto pelo mundo e entregue-se ao “sim” do Silêncio."
Satyaprem em Satsang
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