Tao...


"Vem comigo à terra do não agir...
O que diríamos lá?
Que o Tao é a simplicidade, a paz, a indiferença, a natureza, a harmonia e a tranqüilidade.
Mas todos estes nomes são indiferentes pois suas distinções desaparecem, lá.
Lá minha vontade não tem alvo - se não está em parte nenhuma, como me aperceberei dela?
Se ela vai e volta....
Onde repousa, se vagueia ora aqui e ora ali?
Não se sabe onde termina.
O saber mais elevado é ilimitado.
O que concebe as coisas à razão de ser, não pode limitar-se pelas coisas.
Ou seja, é coisa nenhuma.
Assim, quando falamos em limites ficamos presos às coisas delimitadas.
O limite do ilimitado se chama plenitude.
O ilimitado do ilimitado é chamado de vazio.
O Tao é a ponte entre ambos, mas não é - em si - nem plenitude, nem vazio.
O Tao produz tanto a renovação quanto o desgaste.
Mas a maioria das pessoas entaladas no cartesianismo só querem o Tao como renovação, e não como desgaste.
Isso é impróprio, irreal.
O Tao não é nem a renovação, nem o desgaste.
Embora a renovação e o desgaste apareçam nele.
O Tao produz o Ser e o não-ser, mas não é nem um, nem outro.
O Tao congrega e destrói, mas não é nem a totalidade, nem o vácuo.
Tem pessoas que dizem: "Se a Consciência é tudo, então esse corpo também é Consciência".
E eu digo: sim, é, mas não é.
Eu não entendo Chuang Tsu.
Chuang Tsu sou eu.
Isso é Tao. "
Chuang Tsu é o Tao por Satyaprem

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