Além do bem e do mau - Osho
A moralidade está preocupada com as boas e más qualidades. De acordo com a moralidade, uma pessoa é boa se for honesta, verdadeira, autêntica e confiável.
Mas moralidade não é religião.
Mesmo os ateus podem ser uma boa pessoa. Pois todas essas qualidades de uma boa pessoa, não incluem a divindade.
Eu lhe disse, você é um bom homem. Assim, o trabalho não é apenas ser bom, mas transcender a dualidade de ser bom ou mau.
A pessoa religiosa não é somente uma boa pessoa, ela é muito mais que isso.
Para a boa pessoa, a bondade é tudo.
Para a pessoa religiosa,a bondade é apenas um sub-produto.
A pessoa religiosa é aquela que conhece a si mesma; aquela que está consciente do seu próprio ser. E no momento em que você está consciente do seu próprio ser, a bondade lhe segue como uma sombra. Então, não existe nenhuma necessidade de qualquer esforço para ser bom.
A bondade se torna sua própria natureza. Da mesma maneira que as árvores são verdes, a pessoa religiosa é boa.
Mas nem sempre a pessoa boa é religiosa. Sua bondade vem a partir de um grande esforço. Ela está lutando contra as más qualidades...mentira, roubo, insinceridade, desonestidade, violência. Elas todas estão na pessoa boa, só que reprimidas. E elas podem eclodir a qualquer momento.
A pessoa boa, pode transformar-se numa má pessoa muito facilmente, sem nenhum esforço; pois todas estas más qualidades estão presentes. Quando se remove o esforço, elas imediatamente eclodirão em sua vida. E suas boas qualidades são somente cultivadas, não são naturais.
Você tentou arduamente ser honesto, ser sincero, não mentir, mas foi um esforço, foi cansativo.A pessoa boa está sempre séria. Pois tem medo de todas as más qualidades que ela reprimiu. E ela é séria porque no fundo deseja ser reverenciada por sua bondade, ser recompensada.Seu anseio é ser respeitável.(...)
Eu lhe dei o nome: VeetMano, que é transcenda o bom homem; e existe somente uma maneira de transcender o bom homem, que é trazendo mais consciência ao seu ser.
A consciência não é algo a ser cultivado. Ela já está sempre presente, apenas precisa ser desperta. Quando se está totalmente desperto, tudo o que você faz é bom e tudo o que você não faz é mau.
A pessoa boa, precisa fazer imensos esforços para fazer o bom e evitar o mau. O mau, é uma tentaçao constante para ela. É uma escolha a cada momento. A cada momento ela precisa escolher o bom, e não escolher o mau.(...)
Tudo o que reprimimos durante o dia vem à tona à noite, nos sonhos. Isso demonstra que a coisa toda está ali, reprimida, apenas esperando; no momento em que você relaxa, no momento em que você remove o esforço em ser bom, todas aquelas más qualidades que você reprimiu, vêm à tona, e começam a se tornar seus sonhos. Seus sonhos são seus desejos reprimidos.
A boa pessoa, está em constante conflito; sua vida não é de alegria, ela não pode rir de verdade, não pode cantar, não pode dançar; em tudo existe um julgamento contínuo. Sua mente está repleta de condenação e julgamento. E porque ela própria está tentando arduamente ser boa, ela faz o mesmo julgam o os outros pelos mesmos critérios. Ela não pode te aceitar como você é. Ela só pode aceitar você se você preencher todos as suas demandas de ser bom. E por não poder aceitar as pessoas como elas são, essa pessoa condena as outras.(...)
A consciência não é algo a ser cultivado. Ela já está sempre presente, apenas precisa ser desperta. Quando se está totalmente desperto, tudo o que você faz é bom e tudo o que você não faz é mau.
A pessoa boa, precisa fazer imensos esforços para fazer o bom e evitar o mau. O mau, é uma tentaçao constante para ela. É uma escolha a cada momento. A cada momento ela precisa escolher o bom, e não escolher o mau.(...)
Tudo o que reprimimos durante o dia vem à tona à noite, nos sonhos. Isso demonstra que a coisa toda está ali, reprimida, apenas esperando; no momento em que você relaxa, no momento em que você remove o esforço em ser bom, todas aquelas más qualidades que você reprimiu, vêm à tona, e começam a se tornar seus sonhos. Seus sonhos são seus desejos reprimidos.
A boa pessoa, está em constante conflito; sua vida não é de alegria, ela não pode rir de verdade, não pode cantar, não pode dançar; em tudo existe um julgamento contínuo. Sua mente está repleta de condenação e julgamento. E porque ela própria está tentando arduamente ser boa, ela faz o mesmo julgam o os outros pelos mesmos critérios. Ela não pode te aceitar como você é. Ela só pode aceitar você se você preencher todos as suas demandas de ser bom. E por não poder aceitar as pessoas como elas são, essa pessoa condena as outras.(...)
Essas não são as qualidades da pessoa religiosa autêntica. A pessoa religiosa não tem julgamento, não tem condenação. Ela sabe uma coisa: nenhum ato é bom, nenhum ato é mau. A consciência é boa e a inconsciência é má. Você pode até fazer algo que pareça bom para o mundo inteiro em inconsciência, mas para a pessoa religiosa, isso não é bom.
E você pode fazer algo mau e ser condenado por todo o mundo, exceto pela pessoa religiosa; ela não pode condená-lo, pois você está inconsciente; ela precisa de compaixão e não de julgamento ou condenação. Ninguém merece o inferno.
A medida que sua meditação se aprofunda, seu testemunhar se torna grande; Era isso que lhe disse quando se tornou sannyasim há sete anos atrás, sobre o testemunhar o observar. Mas me esqueci de lhe dizer: Não pense que o testemunhar, e o observar nada mais são que boas qualidades.(...) Algo mais está implícito, no transcender a dualidade entre o bom e o mau.
Ao se chegar ao ponto de absoluta consciência, não existe mais a questão de escolha; você simplesmente faz tudo aquilo que é bom, você faz inocentemente, da mesma maneira que a sombra te acompanha, sem nenhum esforço; se você corre, a sombra corre, se você pára a sombra pára. Mas não existe esforço por parte da sombra.
Uma pessoa, consciente, não pode ser considerada sinônimo de boa pessoa. Ela é boa. Mas de uma maneira muito diferente, de um ângulo muito diferente. Ela é boa não porque esteja tentando ser boa; ela é boa porque ela é consciente, e na consciência todas aquelas palavras condenatórias desaparecem como a escuridão desaparece na luz.
As religiões decidiram permanecer como moralidades, são códigos éticos; úteis para a sociedade, é verdade, mas não para o indivíduo; São conveniências criadas pela sociedade. Naturalmente, se todos começassem a roubar, a vida se tornaria impossível. Se todos começassem a mentir, a vida se tornaria impossível. Se todos fossem desonestos, você absolutamente não poderia existir.
Assim, no nível mais baixo, a moralidade é necessária para a sociedade. Ela é uma utilidade social, mas não uma revolução religiosa.
Não fique satisfeito em apenas ser bom. Lembre-se que você precisa chegar a um ponto em que não precisa nem mesmo pensar sobre o que seja bom ou o que seja mau.
Simplesmente sua própria percepção, sua própria consciência, o leva em direção àquilo que é bom. Não há repressão. (...)
Uma pessoa religiosa não está obcecada por nada. Ela não tem obsessão. Ela está apenas relaxada, calma, quieta, silenciosa e serena. A partir do seu silencio, tudo o que floresce é bom, é sempre bom. Ela vive numa consciência sem escolha. (...) Você não será bom, nem mau, você será simplesmente alerta, consciente, perceptivo. E então, tudo o que segue será bom. Em sua total consciência, você se alinha com a qualidade da divindade.
As religiões ensinaram, que você deve ser bom, de tal modo que um dia você possa encontrar Deus. Isso não é possível. Nenhuma pessoa boa, jamais encontrou a divindade. Estou lhe ensinando justamente o contrário: encontre a divindade e o bom virá espontaneamente E quando o bom vem de maneira espontânea, ele tem uma beleza, uma graça, uma simplicidade, uma humildade. E não pede por nenhuma recompensa, nem aqui nem depois.
E você pode fazer algo mau e ser condenado por todo o mundo, exceto pela pessoa religiosa; ela não pode condená-lo, pois você está inconsciente; ela precisa de compaixão e não de julgamento ou condenação. Ninguém merece o inferno.
A medida que sua meditação se aprofunda, seu testemunhar se torna grande; Era isso que lhe disse quando se tornou sannyasim há sete anos atrás, sobre o testemunhar o observar. Mas me esqueci de lhe dizer: Não pense que o testemunhar, e o observar nada mais são que boas qualidades.(...) Algo mais está implícito, no transcender a dualidade entre o bom e o mau.
Ao se chegar ao ponto de absoluta consciência, não existe mais a questão de escolha; você simplesmente faz tudo aquilo que é bom, você faz inocentemente, da mesma maneira que a sombra te acompanha, sem nenhum esforço; se você corre, a sombra corre, se você pára a sombra pára. Mas não existe esforço por parte da sombra.
Uma pessoa, consciente, não pode ser considerada sinônimo de boa pessoa. Ela é boa. Mas de uma maneira muito diferente, de um ângulo muito diferente. Ela é boa não porque esteja tentando ser boa; ela é boa porque ela é consciente, e na consciência todas aquelas palavras condenatórias desaparecem como a escuridão desaparece na luz.
As religiões decidiram permanecer como moralidades, são códigos éticos; úteis para a sociedade, é verdade, mas não para o indivíduo; São conveniências criadas pela sociedade. Naturalmente, se todos começassem a roubar, a vida se tornaria impossível. Se todos começassem a mentir, a vida se tornaria impossível. Se todos fossem desonestos, você absolutamente não poderia existir.
Assim, no nível mais baixo, a moralidade é necessária para a sociedade. Ela é uma utilidade social, mas não uma revolução religiosa.
Não fique satisfeito em apenas ser bom. Lembre-se que você precisa chegar a um ponto em que não precisa nem mesmo pensar sobre o que seja bom ou o que seja mau.
Simplesmente sua própria percepção, sua própria consciência, o leva em direção àquilo que é bom. Não há repressão. (...)
Uma pessoa religiosa não está obcecada por nada. Ela não tem obsessão. Ela está apenas relaxada, calma, quieta, silenciosa e serena. A partir do seu silencio, tudo o que floresce é bom, é sempre bom. Ela vive numa consciência sem escolha. (...) Você não será bom, nem mau, você será simplesmente alerta, consciente, perceptivo. E então, tudo o que segue será bom. Em sua total consciência, você se alinha com a qualidade da divindade.
As religiões ensinaram, que você deve ser bom, de tal modo que um dia você possa encontrar Deus. Isso não é possível. Nenhuma pessoa boa, jamais encontrou a divindade. Estou lhe ensinando justamente o contrário: encontre a divindade e o bom virá espontaneamente E quando o bom vem de maneira espontânea, ele tem uma beleza, uma graça, uma simplicidade, uma humildade. E não pede por nenhuma recompensa, nem aqui nem depois.
Ele é a sua própria recompensa."
Osho em Satsang
Osho em Satsang
Hoje o amado Osho estaria completando mais um aniversário.
Deixo aqui a minha sincera homenagem, em profunda gratidão
por tanta luz, sabedoria, alegria e amor
compartilhados com milhões de pessoas
ao longo de sua vida...
Hare Om Osho!
Namastê!
Bonito texto. Me junto a esta homenagem à Osho. Namastê.
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