Há um silencio eterno - Nisargadatta
Participante: Com certeza, todo mundo merece a paz.
Nisargadatta: Só a merecem aqueles que não a perturbam.
Participante: De que modo eu perturbo a paz?
Nisargadatta: Sendo escravo de seus desejos e temores.
Participante: Inclusive quando são justificados?
Nisargadatta: As reações emocionais nascidas da ignorância ou da inadvertência nunca são justificadas. Busque uma mente clara e um coração limpo. Tudo o que necessita é permanecer tranquilamente alerta, investigando a natureza real de si mesmo. Este é o único caminho para a paz.
Todos vocês estão ensopados porque está chovendo a cântaros. Em meu mundo sempre faz um tempo esplêndido.
Não há noite nem dia, nem calor nem frio. Ali não me incomodam as preocupações e os pesares. Minha mente está livre de pensamentos porque não há desejos que me escravizem.
Participante: Existem dois mundos?
Nisargadatta: Seu mundo é transitório, mutável. Meu mundo é perfeito, imutável. Pode dizer-me o que quiser de seu mundo, escutarei com atenção, até com interesse e, ao mesmo tempo, não esquecerei, por um só momento, que o seu mundo não existe, que você está sonhando.
Participante: O que diferencia o seu mundo do meu?
Nisargadatta: Meu mundo não tem características pelas quais possa ser identificado. Nada pode ser dito dele. Eu sou meu mundo. Meu mundo sou eu mesmo. É completo e perfeito.
Toda impressão é apagada, toda experiência rechaçada.
Não necessito nada, nem sequer a mim mesmo, pois esse eu mesmo não pode ser perdido.
Participante: Nem mesmo Deus?
Nisargadatta: Todas essas idéias e distinções existem em seu mundo; no meu, não há nada parecido. Meu mundo é singular e muito simples.
Participante: Nada acontece ali?
Nisargadatta: O que acontece em seu mundo, apenas tem validade ali, provocando uma resposta. Em meu mundo não acontece nada.
Nisargadatta: Seu mundo é transitório, mutável. Meu mundo é perfeito, imutável. Pode dizer-me o que quiser de seu mundo, escutarei com atenção, até com interesse e, ao mesmo tempo, não esquecerei, por um só momento, que o seu mundo não existe, que você está sonhando.
Participante: O que diferencia o seu mundo do meu?
Nisargadatta: Meu mundo não tem características pelas quais possa ser identificado. Nada pode ser dito dele. Eu sou meu mundo. Meu mundo sou eu mesmo. É completo e perfeito.
Toda impressão é apagada, toda experiência rechaçada.
Não necessito nada, nem sequer a mim mesmo, pois esse eu mesmo não pode ser perdido.
Participante: Nem mesmo Deus?
Nisargadatta: Todas essas idéias e distinções existem em seu mundo; no meu, não há nada parecido. Meu mundo é singular e muito simples.
Participante: Nada acontece ali?
Nisargadatta: O que acontece em seu mundo, apenas tem validade ali, provocando uma resposta. Em meu mundo não acontece nada.
Participante: O próprio fato de que você experimenta seu próprio mundo implica em dualidade, inerente a toda experiência.
Nisargadatta: Verbalmente, sim. Mas suas palavras não me alcançam.
Meu mundo não é verbal. Em seu mundo, o inominado não tem existência; no meu, as palavras e seus conteúdos não têm nenhuma existência. Em seu mundo nada permanece, no meu nada muda. Meu mundo é real, enquanto o seu é feito de sonhos.
Participante: Mas nós estamos falando.
Nisargadatta: A conversa está no seu mundo. No meu, há um silêncio eterno. Meu silêncio canta, meu vazio é completo, não me falta nada. Você não pode conhecer meu mundo até que esteja ali.
Participante: Parece que só você está em seu mundo.
Nisargadatta: Como você pode dizer só ou não só, quando as palavras não são apropriadas? Certamente que estou só, pois eu sou tudo.
Participante: Você alguma vez vem a nosso mundo?
Nisargadatta: Que é ir e vir para mim? Novamente são palavras. Eu sou. De onde tenho que vir, e aonde tenho que ir?
Participante: De que me serve o seu mundo?
Nisargadatta: Você deve considerar com maior atenção seu próprio mundo, examine-o criticamente e, repentinamente, um dia você se encontrará no meu.
Nisargadatta: Verbalmente, sim. Mas suas palavras não me alcançam.
Meu mundo não é verbal. Em seu mundo, o inominado não tem existência; no meu, as palavras e seus conteúdos não têm nenhuma existência. Em seu mundo nada permanece, no meu nada muda. Meu mundo é real, enquanto o seu é feito de sonhos.
Participante: Mas nós estamos falando.
Nisargadatta: A conversa está no seu mundo. No meu, há um silêncio eterno. Meu silêncio canta, meu vazio é completo, não me falta nada. Você não pode conhecer meu mundo até que esteja ali.
Participante: Parece que só você está em seu mundo.
Nisargadatta: Como você pode dizer só ou não só, quando as palavras não são apropriadas? Certamente que estou só, pois eu sou tudo.
Participante: Você alguma vez vem a nosso mundo?
Nisargadatta: Que é ir e vir para mim? Novamente são palavras. Eu sou. De onde tenho que vir, e aonde tenho que ir?
Participante: De que me serve o seu mundo?
Nisargadatta: Você deve considerar com maior atenção seu próprio mundo, examine-o criticamente e, repentinamente, um dia você se encontrará no meu.
Participante: Que ganho com ele?
Nisargadatta: Não ganha nada. Simplesmente abandona o que não é seu
e encontra o que nunca perdeu – seu próprio Ser."
Nisargadatta Maharaj em Eu Sou Aquilo
Nisargadatta: Não ganha nada. Simplesmente abandona o que não é seu
e encontra o que nunca perdeu – seu próprio Ser."
Nisargadatta Maharaj em Eu Sou Aquilo
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