Sobre a auto-indagação - Gangaji
Auto indagação é um modo de vida. É a consciência clara momento a momento, é uma constante percepção de si mesmo: O que está acontecendo? Que pensamento é este? Isso é uma crença? Isso é real? Isso é verdadeiro?
Nesta investigação aberta, é possível se reconhecer qualquer tipo de história, é um modo objetivo de se identificar os pensamentos. Não importando quão fortes os pensamentos possam ser, por mais relativa que seja a história, ela ainda assim é feita de pensamentos. Aprofundando nesses pensamentos, antes deles, depois deles, e mesmo durante eles, está a verdade que você é.
Nesta investigação aberta, é possível se reconhecer qualquer tipo de história, é um modo objetivo de se identificar os pensamentos. Não importando quão fortes os pensamentos possam ser, por mais relativa que seja a história, ela ainda assim é feita de pensamentos. Aprofundando nesses pensamentos, antes deles, depois deles, e mesmo durante eles, está a verdade que você é.
Sem nenhuma negação de qualquer relevância de algum pensamento em particular, existe a possibilidade de se descobrir essa verdade.
A auto indagação direta, é a base para se descobrir se somos realmente 'alguém'.
A auto indagação direta, é a base para se descobrir se somos realmente 'alguém'.
Esta investigação é raramente examinada, porque normalmente nos segue, como 'O que eu preciso, O que eu quero, O que eu tenho, O que eu não tenho, O que eu deveria ter", etc.. Estas histórias mantém a identificação da pessoa separada da vastidão da sua verdadeira identidade. Elas te mantém identificado somente com uma forma em particular, um corpo que sujeito ao nascimento e a morte. Esta identificação é a consciência da individualidade. Não há nada de demoníaco, ou mesmo algum erro sobre esta individualização. É natural na evolução e desenvolvimento do ser humano. É parte de mistério da humanidade.
Para muitos buscadores espirituais, a crença numa personalidade identificada obstrui a auto-realização, isso norteia toda uma caminhada espiritual, tendo em vista ir-se abandonando pouco a pouco esta identificação. Mas isto também faz parte da história. É importante se reconhecer isso. Se prender ao fato de que ainda se está identificado a uma história, é ainda uma outra história, um outro exemplo do poder que possui a mente.
Vejo com frequência nos círculos espirituais, ao invés de uma investigação profunda das nossas histórias pessoais, existe uma tendência à supressão das histórias. Nesta supressão, a história parece que foi removida, mas ainda não existe paz. Você não pode repousar na beleza e na transcendência de si mesmo, somente suprimindo a história de si mesmo.
A história ainda está lá, acontecendo, mas ao invés de se identificar com ela, o buscador espiritual a empurra para o subconsciente. O ego espiritual apenas está tomando o controle. A história ainda está operando, subconscientemente e isso cria confusão e sofrimento.
Este sofrimento continuado é a prova de que a sua história ainda está lá. Se você estiver disposto a investigar inclusive a sua negação, inclusive o seu ego espiritual assumindo o controle, então você poderá identificar e ver, de que história se trata.
Uma das expressões da auto-investigação é "diga a verdade". (...)
A história ainda está lá, acontecendo, mas ao invés de se identificar com ela, o buscador espiritual a empurra para o subconsciente. O ego espiritual apenas está tomando o controle. A história ainda está operando, subconscientemente e isso cria confusão e sofrimento.
Este sofrimento continuado é a prova de que a sua história ainda está lá. Se você estiver disposto a investigar inclusive a sua negação, inclusive o seu ego espiritual assumindo o controle, então você poderá identificar e ver, de que história se trata.
Uma das expressões da auto-investigação é "diga a verdade". (...)
Normalmente nós interpretamos o que sentimos, e nossas experiências como sendo verdadeiras, e nossa interpretação perpetua o círculo de sofrimentos. Nossos sentimentos, pensamento, emoções e circunstâncias são aspectos da história pessoal. A história pessoal acredita que é a verdade.
Não importa qual seja a história pessoal, seja um castigo, seja uma bênção, não é a verdade final. Estar apto para distinguir entre a história e a verdade trata-se da consciência sábia, que acontece naturalmente pela auto-inquirição.
Grande confusão acontece nessa identificação com o corpo físico, ou com o corpo emocional, ou com o corpo mental; Quando o corpo físico experiencia a dor, nós dizemos: "Sinto dor, Me sinto mal". É comum usarmos essa linguagem;
Dizer: "Meu corpo dói, Meu corpo sente dor" possui um significado diferente. Quando o corpo emocional está confuso nós dizemos: "Estou deprimido, Estou com raiva, Estou ansioso." Por outro lado podemos dizer: "Meu corpo emocional está confuso, existe raiva, existe tristeza, existe uma ansiedade surgindo."
Não importando se você se sente feliz ou triste, você tem a oportunidade de dizer a verdade sobre seus sentimentos profundos. Isso é radical para muitas pessoas, porque quando se sentem tristes apenas querem se sentir alegres novamente. Elas negam a tristeza enquanto esta perdura, e buscam a alegria. Ou se se sentem alegres, querem que essa alegria dure para sempre...
A lei da mudança é óbvia, é evidente, e é uma das leis básicas deste planeta. Tudo muda, não só objetos mudam, mas mesmo tudo o que seja subjetivo, mesmo sentimentos, pensamentos, estados mentais, saúde - tudo está em constante mudança. Mudança é a lei dos cinco elementos do nosso universo. Mudança é a lei do clima, das estações, das horas do dia. Nessas mudanças constantes, nós podemos nos entregar e não impormos resistência, e mesmo sentimentos de tristeza, de infelicidade, são simples sentimentos de infelicidade, nada além disso. Eles não tem nenhum significado além de apenas sentimentos de infelicidade.
Grande confusão acontece nessa identificação com o corpo físico, ou com o corpo emocional, ou com o corpo mental; Quando o corpo físico experiencia a dor, nós dizemos: "Sinto dor, Me sinto mal". É comum usarmos essa linguagem;
Dizer: "Meu corpo dói, Meu corpo sente dor" possui um significado diferente. Quando o corpo emocional está confuso nós dizemos: "Estou deprimido, Estou com raiva, Estou ansioso." Por outro lado podemos dizer: "Meu corpo emocional está confuso, existe raiva, existe tristeza, existe uma ansiedade surgindo."
Não importando se você se sente feliz ou triste, você tem a oportunidade de dizer a verdade sobre seus sentimentos profundos. Isso é radical para muitas pessoas, porque quando se sentem tristes apenas querem se sentir alegres novamente. Elas negam a tristeza enquanto esta perdura, e buscam a alegria. Ou se se sentem alegres, querem que essa alegria dure para sempre...
A lei da mudança é óbvia, é evidente, e é uma das leis básicas deste planeta. Tudo muda, não só objetos mudam, mas mesmo tudo o que seja subjetivo, mesmo sentimentos, pensamentos, estados mentais, saúde - tudo está em constante mudança. Mudança é a lei dos cinco elementos do nosso universo. Mudança é a lei do clima, das estações, das horas do dia. Nessas mudanças constantes, nós podemos nos entregar e não impormos resistência, e mesmo sentimentos de tristeza, de infelicidade, são simples sentimentos de infelicidade, nada além disso. Eles não tem nenhum significado além de apenas sentimentos de infelicidade.
Reconhecer isso é como experimentar o sol ou a chuva. Você não tem que ter sempre o sol brilhando; de fato você não tem. Do mesmo modo que ele surge, ele se vai.
Tudo está sujeito a mudança.
Tudo está sujeito a mudança.
O que não está sujeito à mudança? Sua real natureza.
Qualquer coisa que pense que seja, está sujeito a mudança.
O que permanece apesar das mudanças no seu corpo? O que permanece apesar das mudanças das circunstâncias? O que permanece quando suas emoções mudam? Diga a verdade para si mesmo. Não caia nas respostas superficiais, nem nas verdades relativas. Diga a verdade até que você reconheça a si mesmo como a imutável presença silenciosa, sempre presente, observadora de todas as experiências mutáveis e impermanentes.
Dizer a verdade é mais importante do que o despertar, mais importante do que a felicidade. A verdadeira devoção é dizer a verdade, de maneira mais e mais profunda, e então, mergulhando na sua história pessoal, em todas suas dimensões, irá lhe revelar a realidade final.
Identificar-se com o corpo, ou com uma condição passageira, é o caminho para o sofrimento pessoal. Ao mesmo tempo, apenas negar suas experiências de sofrimento, faz com que a verdade que você é, permaneça esperando para ser revelada.
Dizer a verdade é mais importante do que o despertar, mais importante do que a felicidade. A verdadeira devoção é dizer a verdade, de maneira mais e mais profunda, e então, mergulhando na sua história pessoal, em todas suas dimensões, irá lhe revelar a realidade final.
Identificar-se com o corpo, ou com uma condição passageira, é o caminho para o sofrimento pessoal. Ao mesmo tempo, apenas negar suas experiências de sofrimento, faz com que a verdade que você é, permaneça esperando para ser revelada.
Você é radiância, consciência livre. Quando a radiância, a consciência livre é obscurecida pela identificação de ser apenas um corpo, um pensamento, uma história, ou alguma circunstância, então está se vivendo uma mentira; e enquanto esta mentira persistir, persistirá o sofrimento.
Muitos de nós vivemos vidas muito superficiais. Nós sofremos por esta superficialidade, porque em cada um de nós, vive profundamente um ser que quer conhecer, quer sentir, quer se expressar e descobrir. Enquanto nós vivermos verdades superficiais, nós tragicamente perdemos esta revelação profunda.
Nós experimentamos um sofrimento urgente do planeta, e a neste exato momento nós temos a capacidade de parar de contar histórias para nós mesmos e nos perguntar: O que está sempre presente? Tristeza está aqui, a raiva está aqui, mas o que mais está aqui? O que é mais profundo que tudo isso?
Muitos de nós vivemos vidas muito superficiais. Nós sofremos por esta superficialidade, porque em cada um de nós, vive profundamente um ser que quer conhecer, quer sentir, quer se expressar e descobrir. Enquanto nós vivermos verdades superficiais, nós tragicamente perdemos esta revelação profunda.
Nós experimentamos um sofrimento urgente do planeta, e a neste exato momento nós temos a capacidade de parar de contar histórias para nós mesmos e nos perguntar: O que está sempre presente? Tristeza está aqui, a raiva está aqui, mas o que mais está aqui? O que é mais profundo que tudo isso?
A qualquer momento nós temos a oportunidade de dirigir nossa atenção para longe do futuro ou do passado, e nos movermos para este momento, onde podemos nos perguntar o que é presente afinal, o que é sempre presente?
Gangaji em A Diamond in your pocket
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Tradução de Amidha Prem
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