Reflexões sobre a Maturidade...
Lya Luft.
Esse pensamento merece uma reflexão por sua beleza e profundidade.
Ser maduro não é ser velho, ou coisa assim. Maturidade é permanecer na escuta. Escuta de quê? Escuta da Fonte.
Nascemos dessa Fonte, na Fonte e retornamos à Fonte, mas ao longo da nossa vida muitas vezes nos afastamos ilusoriamente dessa Fonte, e temos a impressão de que estamos perdidos, em uma terra estranha, abandonados. Maturidade é se dar conta de que a Fonte permanece em nós e nós nela, independente da situação, da época, do momento, daquilo que acontece. A Fonte é o Ser, é o que É.
Permanecer na Fonte, é maturidade. É ser vivo a cada momento e isso nos desilude. Desilusão é ir perdendo a ilusão, e é isso que a Fonte cria em nós, as ilusões vão sendo desmascaradas, e o que sobra é o que já estava ali, só que encoberto. Passamos a ver a realidade com olhos mais puros, menos projetivos, e mais simples.
Isso nos faz aceitar a vida e o que acontece, não porque alguém disse um dia que assim que certo, mas por compreender que a realidade é sempre soberana a qualquer sonho, qualquer ilusão. Isso nos coloca na dimensão da aceitação consciente, amorosa, desprendida. A consequência disso, é claro, menos sofrimento.
Sofremos porque não compreendemos quem somos, não compreendemos a vida, e nos misturamos com nossos sonhos, desejos, pensamentos, memórias... Sofremos por ficarmos atrelados as falas da mente, e damos tanto crédito a ela que mais parecemos escravos dela. Mas não somos. Nunca fomos na verdade. No instante em que compreendemos que a Consciência, o Ser é a Fonte, e permanecemos nessa pura presença, todas as ilusões se desfazem e com elas, todo o sofrimento também.
A dor pode até acontecer, é inevitável, mas o sofrimento é algo que só acontece na mente, e na mente alimentada, na mente valorizada. Sem essa valorização da mente sofredora, nenhum sofrimento persiste.
Entender com mais tranquilidade, é o entendimento do coração, o entendimento que é mais uma compreensão. Apreendemos dentro aquilo que nos ilumina, aquilo que é luz também. O coração tem a infinita capacidade de amar e de Ser Amor. Não existe medida para o Amor e o Amar.. É a pura expressão do Ser.
Não sou eu que amo, a natureza da Fonte é Amar...
Amar sem medida é o que acontece quando a Fonte, a essência está se manifestando livremente, sem os obstáculos ilusórios da mente. E isso cria uma compreensão natural, espontânea, sem regras, uma compreensão que "entende" pois o coração desfez as barreiras, e acolheu amorosa e tranquilamente aquilo que é.
E por fim, o querer...
Todo querer vem da mente. O Ser não quer e nem precisa de nada, já que é Tudo, não conhece falta.
Mas ainda vivemos na dimensão do querer. Tudo gira em torno desse "querer". E por ainda estarmos aqui, significa que ainda existe algum querer em nós... logo, também é possível que esse "querer" possa ser suavizado, lapidado, adocicado...
O querer não precisa ser voraz, feroz... o "querer" também pode ser acolhido pelo coração, e compreendido com toda doçura, sem apegos, e ser visto como um presente, uma forma da existência se revelar a Si mesma. A dança cósmica acontecendo...
Não precisamos fugir de nada, nem desse "querer". Se ele existe, aceitemos, compreendamos e vamos acolhendo com todo amor e doçura... Tudo ganha um brilho de beleza quando a Fonte permanece presente e o Amor é a sua revelação, a sua manifestação...
Tudo pode ser acolhido e transcendido... Nada fora, tudo dentro...
Consciência absorve a Si mesma, e nessa descoberta TODA a Vida é possível acontecer livremente...
Maturidade é isso... Consciência, Compreensão, Aceitação e Amor...
Agradeço a Lya Luft por essa Luz, em suas belas, amorosas e profundas palavras...
Namaste
Lilian
Lilian, gosto muito do seu blog, lê-lo é um prazer imenso, suas palavras são sempre esclarecedoras, tem me feito muito bem! Obrigada pela luz! Bjoss
ResponderExcluirMonica querida, agradeço seu carinho e sua luz!!
ExcluirSeja sempre bem vinda!! Beijos prá ti também!!