Mergulhados na Graça...
Poonja era conhecido por sua liberdade de espírito, pela energia que transmitia a seus discípulos e pela sua risada jovial. James, que praticava meditação havia vinte anos, era um professor budista muito querido.
Querendo crescer ainda mais e desejoso de ter um contato mais profundo com o coração da vida espiritual, ele foi para a Índia. Depois de alguns dias de conversa com o mestre, James explicou que o treinamento budista tinha lhe dado atenção, compaixão e sabedoria, mas que não tinha ensinado muita coisa sobre a graça. Estava desorientado. Como saber se estava recebendo a graça do guru, como procurá-la? Os outros discípulos ouviam com atenção.
O mestre olhou para James e riu, achando graça na pergunta. “Você ensina numa comunidade dedicada à vida espiritual, tem uma família saudável na Califórnia, um lugar lindo, está na Índia cercado de irmãs e irmãos devotados ao caminho. Agora está meditando, falando com o mestre, e ainda pergunta onde encontrar a graça?”. Riu de novo. “Você está mergulhado na graça até o pescoço”, disse Poonja.
Todos nós estamos mergulhados na graça até o pescoço.
Estamos envolvidos pelo calor do sol e pelo abraço brilhante da neve; somos alimentados pelas águas doces da chuva; estamos vivos no grande mistério. Em quaisquer circunstâncias, temos capacidade total para despertar. Com coração aberto e mente aberta, descobrimos uma grande paz, uma presença amorosa nas coisas como elas são.
Descansando na consciência simples do presente, o coração se torna íntegro.
Quando aceitamos a corrente da vida, a iluminação e a graça surgem naturalmente.
Quando aceitamos a corrente da vida, a iluminação e a graça surgem naturalmente.
Não é uma conquista; é sabedoria viva.
Como diz Suzuki Roshi: “Quando compreendemos a verdade eterna de que ‘tudo muda’ e nela encontramos serenidade, estamos no Nirvana”.
Cada momento desse despertar traz sensibilidade para a tragédia e para a beleza. Quando precisamos de força, lá está ela; quando precisamos de flexibilidade e submissão, lá estão elas. Ficamos à vontade nesta vida incrível."
Jack Kornfield em Depois do êxtase, lave a roupa suja
Como diz Suzuki Roshi: “Quando compreendemos a verdade eterna de que ‘tudo muda’ e nela encontramos serenidade, estamos no Nirvana”.
Cada momento desse despertar traz sensibilidade para a tragédia e para a beleza. Quando precisamos de força, lá está ela; quando precisamos de flexibilidade e submissão, lá estão elas. Ficamos à vontade nesta vida incrível."
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