Dúvida e confiança...


"A dúvida é bonita em si mesma. O problema surge quando você fica preso nela.

Análise é perfeita se você se mantém separado dela, se mantém distante. Se você se torna identificado, então surge o problema. A análise se torna uma paralisia.
Se você sente que foi treinado para analisar, questionar, duvidar, não se sinta um miserável. Duvide, analise, questione, mas mantenha-se separado. Você não é a dúvida. Use-os com metodologia, como métodos.
Se a análise é um método, então a síntese é outro método. Análise é metade e síntese a outra metade, ambas deverão ser integradas, para serem realmente inteiras. E você não é nem analise, nem síntese - você é a consciência transcedental.
Questionar é bom, mas a questão é obviamente metade, a resposta é a outra metade.
Duvidar é bom, mas é uma parte, a confiança é a outra parte.

Permaneça indiferente, afastado. Quando eu digo afastado, digo não só da dúvida, mas da confiança também. Este também é um método. É preciso usá-lo.
Não deve se permitir ser usado por elas - e então surge uma tirania.

A tirania pode ser duvidando ou acreditando. A tirania da dúvida pode aleijar você; você nunca estará hábil para se mover um passo porque duvida está em todo lugar. Como você pode fazer alguma coisa se a dúvida está presente? E se a confiança se tornar também uma tirania... (...)

Lembre-se sempre disso: dúvida e confiança são como as duas asas. Use ambas, mas não seja nenhuma delas.

Um homem de discernimento, um homem sábio, usará a dúvida se ele estiver interessado em algo. Se ele investigar sobre o lado de fora, o outro, ele usará da dúvida como método. Se sua investigação foi interna, voltada para si mesmo, então ele usará a confiança como método. Ciência e religião são essas duas asas.(...)

O homem perfeito é um homem que possui uma perfeita harmonia entre dúvida e confiança. O homem perfeito parecerá incoerente para você, mas ele não é incoerente. Ele é simplesmente harmonioso - as contradições se dissolvem nele. Ele usa tudo."
Osho em Come and follow me.

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