Presença silenciosa...
"Há uma espécie de mágica provocada em Satsang e eu não sei qual é, nem quem a está fazendo. Apenas não canso de repetir: “Desaloje-se! E vá para o centro.” Sem definir a si mesmo segundo a opinião dos outros ou a sua própria, o que é você?
Observe o que vem a ser gerado através dessa investigação. Todo apontamento, aqui, sempre será coerente com uma única coisa: não tem ninguém no timão e não tem o lugar certo para ir. A partir disso, o convite se restabelece a respeito de aquietar-se, aqui e agora, olhando para dentro. E através desse movimento, nesse aquietar-se, você pode afirmar que você é aquilo que está no coração de todas as experiências.
Desaloje-se e veja! Aproxime-se... Permita que eu seja tão ordinário quanto você. Chega de se confundir! Os mitos invocam distância – e isso é literal, não é metáfora! Eu faço e gosto de coisas tanto quanto você. Portanto, estou aqui como um amigo. Devemos nos aproximar daquilo que inclui absolutamente tudo, sem que nada seja devassado ou excluído pelo que quer que seja – não importa o que seja.
O mundo está cheio de moralistas, mas eles não têm peso – embora sejam muito pesados. Aliás, a gravidade deles está exatamente no fato de insistirem nos véus. Portanto, a brincadeira divina é nada mais, nada menos que relaxar e ver que está tudo perfeito. Não se preocupe! Apenas olhe para dentro e reconheça essa visão, a partir de dentro, como sendo você.
Você não é a sua história. Você não é aquilo que você está vendo. Aproxime-se e podemos elaborar isso tanto quanto você quiser; podemos conversar, pacientemente e diretamente sobre o que importa. Não perca a chance de olhar para dentro, sem história nenhuma. Qualquer comentário ínfimo a respeito de nada, não te diz respeito.
Instale-se no agora. Instale-se no aqui. E, só para facilitar: saiba que não existe instalação possível no aqui e no agora feita por alguém. Não tem como ter alguém no aqui e agora. No aqui e agora tudo some, só fica a presença silenciosa que você é, sempre foi e sempre será."
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