Ser Consciente - Sambodh Naseeb
Do mesmo modo que o oceano e as ondas, essa inteligência se manifesta para si mesma em um reflexo chamado mente. Dessa forma, aparece o mundo de maya, o mundo da aparente dualidade, o mundo dos muitos, dos seres diversificados, dos aparentes espíritos, do ego, da separação entre alegria e tristeza, entre iluminação e ignorância. Todos os opostos são aparentes, e fazem parte do mundo da onda.
No mundo da onda tudo existe no tempo e mudam de lugar. Tudo é impermanente. É o mundo do movimento, da mudança. Já o mundo do oceano é profundo, quieto, silencioso. O fundo do mar é cheio dos mistérios e surpresas.
No mundo da onda tudo existe no tempo e mudam de lugar. Tudo é impermanente. É o mundo do movimento, da mudança. Já o mundo do oceano é profundo, quieto, silencioso. O fundo do mar é cheio dos mistérios e surpresas.
O oceano está em toda onda. A onda veio dele.
Mas o oceano cria a onda para a onda se desmanchar e virar outra onda. Esta é a dança do oceano. Na verdade, o oceano sabe que nada é perdido quando uma onda desaparece. É o próprio movimento do oceano que faz com que uma onda suba e outra onda desça. Uma pessoa está sempre com medo das mudanças da vida. Ela tem de evitar que a vida se desmanche, e como ela é feita de cada pedacinho da vida, quando alguém que amamos vai embora, sentimos como se fosse dentro da gente. E sentimos assim porque na verdade somos um pouco daquilo. Só existe consciência. Aquela pessoa nos constituiu também.
A pessoa tenta evitar a todo custo qualquer demolição. E o que acontece a cada momento? Algo vai sendo esculpido, queira ou não, como rocha bruta, vai se transformando numa nobre pérola, numa divindade, ou em algo indizível. Está no desenho da vida demolir você de qualquer jeito.
A onda é uma forma diferente do oceano se manifestar. Tudo que vemos aqui no nosso mundo é um grande filme cósmico que parece acontecer aos seres que moram aprisionados no tempo. Mas tudo isso é apenas um movimento da energia cósmica, como num filme, criando os aparentes mundos e os aparentes seres que vivem nesses mundos. É possível se apegar às histórias do eu sobre sofrimento, suas frustrações, seus medos. Ser uma pessoa é estar destinado a mudar. Ser Consciência é simplesmente SER.
Se sofrimento acontece, é isto. Se alegria acontece, é isto. Você não cria personalidade fixa, rígida. Você é simplesmente solto, fluido, como a água, pode tomar várias cores. E sabe profundamente que jamais nenhuma cor e nenhum sofrimento toca seu mundo interior de paz. Se o sofrimento é parte do sonho, algo ter feito algum sofrimento em você também faz parte do mundo de sonho.
Mas o oceano cria a onda para a onda se desmanchar e virar outra onda. Esta é a dança do oceano. Na verdade, o oceano sabe que nada é perdido quando uma onda desaparece. É o próprio movimento do oceano que faz com que uma onda suba e outra onda desça. Uma pessoa está sempre com medo das mudanças da vida. Ela tem de evitar que a vida se desmanche, e como ela é feita de cada pedacinho da vida, quando alguém que amamos vai embora, sentimos como se fosse dentro da gente. E sentimos assim porque na verdade somos um pouco daquilo. Só existe consciência. Aquela pessoa nos constituiu também.
A pessoa tenta evitar a todo custo qualquer demolição. E o que acontece a cada momento? Algo vai sendo esculpido, queira ou não, como rocha bruta, vai se transformando numa nobre pérola, numa divindade, ou em algo indizível. Está no desenho da vida demolir você de qualquer jeito.
A ideia de “você” vai ser demolida sempre. Porque é falsa. Tudo é falso. E a sua mente tenta ser forte para aguentar a pressão. É o que todos tentam fazer. Seja forte, dizem. Mas há uma outra via para olhar isto.
Há aqueles que simplesmente se entregam ao fluxo.
O ego resiste à demolição, enquanto que a consciência se aproveita de todas as experiências para soltar e soltar. Toda a fala, todo movimento, toda palavra e todo silêncio, estão a serviço do Amor Consciente. A serviço de Ser Consciente.
Sambodh Naseeb
Sambodh Naseeb
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