Sua natureza, O BUDA - Osho - 2/3
"Este sutra pode ocasionar uma revolução em você.
A primeira coisa a se fazer é iniciar com a pergunta:
“Quem sou eu?”. E prossiga indagando. Não pare de investigar.
Muitas respostas virão, a mente dirá: “Você é um corpo! Que absurdo! Não há necessidade de perguntar, você já sabe disso”, ou até mesmo “você a alma, o espírito, a consciência suprema”...
Lembre-se, você deve parar apenas quando nenhuma resposta estiver
vindo, jamais antes. Enquanto vir alguma resposta dizendo “você é isso, você é aquilo”, saiba bem que a mente o está suprindo com respostas.
Quando você chegar ao ponto de indagar “Quem sou eu?” e nenhuma
resposta estiver vindo de qualquer lugar, então há silêncio absoluto.
A sua pergunta ressoa em si mesmo: “Quem sou eu?”, e há um silêncio e nenhuma resposta surge de lugar algum.
Você está absolutamente presente, absolutamente silencioso, e não há sequer uma única vibração.
“Quem sou Eu?” – e apenas o silêncio.
Então um milagre acontece: de repente você não pode sequer formular a pergunta. A pergunta final tornou-se absurda. As respostas tornaram-se
absurdas e por isso as perguntas também se tornam absurdas.
Primeiro desaparecem as respostas e depois desaparecem as perguntas
– porque uma somente pode existir ao mesmo tempo que a outra. Elas são como os dois lados de uma moeda – se um lado for retirado o outro não pode ser mantido.
Primeiro as respostas desaparecem, depois desaparecem as perguntas.
E com o desaparecimento da pergunta e da resposta, você chega à realização: você é transcendental!
Então você sabe, e no entanto você não pode dizer; você sabe, mas não consegue articular sobre isso.
A partir de seu próprio ser você sabe Quem você é, mas isso não pode
ser verbalizado. E esse conhecimento é vívido, existencial; não se trata de um conhecimento emprestado retirado das escrituras.
É um conhecimento seu, e não dos outros. Ele surgiu em você.
E com esse surgimento, você é um Buda.
Então você começa a rir, porque você veio a saber que você tem sido um Buda desde o princípio de todos os tempos; você apenas não tinha notado esse fato tão profundamente. Você esteve correndo em voltas, para lá e para cá, do lado de fora de seu ser. Mas agora você está em casa.(...)
O Sutra:
"Reverenciada seja a Perfeição da Sabedoria,
O Adorável, o Sagrado!
Avalokita, o Senhor Sagrado e Bodhisatva, moveu-se nos cursos profundos da sabedoria, para o mundo-além.
Daquelas alturas, Ele olhou para baixo e viu cinco agregados.
E Ele viu que em si próprios, os agregados eram vazios."
Quando você olha daquelas alturas, a partir daquele referencial... Por exemplo, eu disse que estava saudando o seu Buda interior.
Essa visão ocorre daquele referencial: essa de que eu vejo todos vocês como Budas. E a outra visão é a de que vocês são apenas cascos vazios.
Aquilo que você pensa que é nada mais é do que uma couraça vazia. Uma pessoa pensa que é um homem, isso nada mais é do que uma ideia vazia.
A Consciência não é masculina nem feminina.
Outra pessoa pensa ter um corpo extremamente belo, ela é bonita, forte, isso e aquilo – tudo isso são ideias vazias, todas elas são o ego te enganando.
Uma pessoa pensa que conhece/sabe o bastante – algo totalmente insignificante. O mecanismo dela apenas tem acumulado memória e ela está sendo enganada por suas próprias memórias. Todas essas coisas são vazias.
Assim, quando vejo do ponto de vista transcendental, vejo todos vocês como Budas; por outro lado, eu os vejo como couraças vazias.
Buda disse que a existência do homem consiste na acumulação de cinco elementos, de cinco skandhas (amontoados/agregados), todos eles vazios. E devido à combinação dos cinco, surge um subproduto chamado ego. É exatamente como o funcionamento de um relógio-tique-taque. Você sabe que o tique-taque está vindo dali. Você pode abrir o relógio e separar todas as partes na tentativa de descobrir de onde exatamente está vindo o ruído. Mas você não conseguirá encontrá-lo em lugar algum. O som do tique-taque é um subproduto que surge da combinação de algumas peças. Umas poucas peças funcionando juntas estavam produzindo o ruído.
O seu “eu” nada mais é que isso: cinco elementos combinados e funcionando juntos, produzindo o ruído chamado “eu”.
Mas esse “eu” é vazio, não existe nada nele. Tente encontrar ali qualquer coisa substancial e você não conseguirá.
Essa é uma das percepções mais profundas de Buda: que a vida é vazia – esta vida como a conhecemos é vazia.
Mas a vida é plena também, mas nós não sabemos nada sobre isso.
A partir deste vazio você tem de se mover em direção a uma plenitude, mas essa plenitude é inconcebível para você neste momento – porque do atual referencial em que você se encontra, essa plenitude parecerá ser vazia.
A partir de onde você está olhando, a plenitude parece ser um vazio – um rei parecerá ser um mendigo, um homem de conhecimento e sabedoria parecerá ser tolo e ignorante." [continua...]
Osho em The Heart Sutra
A primeira coisa a se fazer é iniciar com a pergunta:
“Quem sou eu?”. E prossiga indagando. Não pare de investigar.
Muitas respostas virão, a mente dirá: “Você é um corpo! Que absurdo! Não há necessidade de perguntar, você já sabe disso”, ou até mesmo “você a alma, o espírito, a consciência suprema”...
Lembre-se, você deve parar apenas quando nenhuma resposta estiver
vindo, jamais antes. Enquanto vir alguma resposta dizendo “você é isso, você é aquilo”, saiba bem que a mente o está suprindo com respostas.
Quando você chegar ao ponto de indagar “Quem sou eu?” e nenhuma
resposta estiver vindo de qualquer lugar, então há silêncio absoluto.
A sua pergunta ressoa em si mesmo: “Quem sou eu?”, e há um silêncio e nenhuma resposta surge de lugar algum.
Você está absolutamente presente, absolutamente silencioso, e não há sequer uma única vibração.
“Quem sou Eu?” – e apenas o silêncio.
Então um milagre acontece: de repente você não pode sequer formular a pergunta. A pergunta final tornou-se absurda. As respostas tornaram-se
absurdas e por isso as perguntas também se tornam absurdas.
Primeiro desaparecem as respostas e depois desaparecem as perguntas
– porque uma somente pode existir ao mesmo tempo que a outra. Elas são como os dois lados de uma moeda – se um lado for retirado o outro não pode ser mantido.
Primeiro as respostas desaparecem, depois desaparecem as perguntas.
E com o desaparecimento da pergunta e da resposta, você chega à realização: você é transcendental!
Então você sabe, e no entanto você não pode dizer; você sabe, mas não consegue articular sobre isso.
A partir de seu próprio ser você sabe Quem você é, mas isso não pode
ser verbalizado. E esse conhecimento é vívido, existencial; não se trata de um conhecimento emprestado retirado das escrituras.
É um conhecimento seu, e não dos outros. Ele surgiu em você.
E com esse surgimento, você é um Buda.
Então você começa a rir, porque você veio a saber que você tem sido um Buda desde o princípio de todos os tempos; você apenas não tinha notado esse fato tão profundamente. Você esteve correndo em voltas, para lá e para cá, do lado de fora de seu ser. Mas agora você está em casa.(...)
O Sutra:
"Reverenciada seja a Perfeição da Sabedoria,
O Adorável, o Sagrado!
Avalokita, o Senhor Sagrado e Bodhisatva, moveu-se nos cursos profundos da sabedoria, para o mundo-além.
Daquelas alturas, Ele olhou para baixo e viu cinco agregados.
E Ele viu que em si próprios, os agregados eram vazios."
Quando você olha daquelas alturas, a partir daquele referencial... Por exemplo, eu disse que estava saudando o seu Buda interior.
Essa visão ocorre daquele referencial: essa de que eu vejo todos vocês como Budas. E a outra visão é a de que vocês são apenas cascos vazios.
Aquilo que você pensa que é nada mais é do que uma couraça vazia. Uma pessoa pensa que é um homem, isso nada mais é do que uma ideia vazia.
A Consciência não é masculina nem feminina.
Outra pessoa pensa ter um corpo extremamente belo, ela é bonita, forte, isso e aquilo – tudo isso são ideias vazias, todas elas são o ego te enganando.
Uma pessoa pensa que conhece/sabe o bastante – algo totalmente insignificante. O mecanismo dela apenas tem acumulado memória e ela está sendo enganada por suas próprias memórias. Todas essas coisas são vazias.
Assim, quando vejo do ponto de vista transcendental, vejo todos vocês como Budas; por outro lado, eu os vejo como couraças vazias.
Buda disse que a existência do homem consiste na acumulação de cinco elementos, de cinco skandhas (amontoados/agregados), todos eles vazios. E devido à combinação dos cinco, surge um subproduto chamado ego. É exatamente como o funcionamento de um relógio-tique-taque. Você sabe que o tique-taque está vindo dali. Você pode abrir o relógio e separar todas as partes na tentativa de descobrir de onde exatamente está vindo o ruído. Mas você não conseguirá encontrá-lo em lugar algum. O som do tique-taque é um subproduto que surge da combinação de algumas peças. Umas poucas peças funcionando juntas estavam produzindo o ruído.
O seu “eu” nada mais é que isso: cinco elementos combinados e funcionando juntos, produzindo o ruído chamado “eu”.
Mas esse “eu” é vazio, não existe nada nele. Tente encontrar ali qualquer coisa substancial e você não conseguirá.
Essa é uma das percepções mais profundas de Buda: que a vida é vazia – esta vida como a conhecemos é vazia.
Mas a vida é plena também, mas nós não sabemos nada sobre isso.
A partir deste vazio você tem de se mover em direção a uma plenitude, mas essa plenitude é inconcebível para você neste momento – porque do atual referencial em que você se encontra, essa plenitude parecerá ser vazia.
A partir de onde você está olhando, a plenitude parece ser um vazio – um rei parecerá ser um mendigo, um homem de conhecimento e sabedoria parecerá ser tolo e ignorante." [continua...]
Osho em The Heart Sutra
Comentários
Postar um comentário